domingo, 9 de maio de 2010

Trilho do Planalto de Castro Laboreiro

O Planalto de Castro Laboreiro situa-se entre entre os 1.200 e os 1.300 metros de altitude, tendo um clima muito agreste nos meses de Inverno. Do meio da Primavera até meio do Outono, oferece boas condições para a alimentação do gado bovino, ovino e cavalar. Este facto contribuiu para que as populações da zona praticassem a transumância, mudando o local da habitação entre as Brandas, povoações que habitavam nos meses mais quentes, e as Inverneiras, povoações a cotas muito mais baixas onde passavam os meses mais frios.

O trilho do Planalto de Castro Laboreiro contorna o planalto bem junto à fronteira com Espanha e tem como atractivos nesta época, as cores com que se cobrem as urzes,  tojos e carquejas e também  importantes necrópoles megalíticas.

Iniciamos o percurso, em Portos, junto a um cruzeiro do Século XIX que abençoa todos aqueles que se vão aventurar no planalto. 

O tempo ameaçava chuva mas a alegre companhia dos nossos padrinhos destas andanças dava-nos a certeza de mais um dia bem passado.

E lá fomos admirando a paisagem, as cores das urzes e dos tojos  e nem os pequenos enganos no percurso estragavam a conversa. A chuva lá apareceu mostrando que vinha para ficar e ficou mesmo até ao fim, obrigando a que o almoço fosse feito debaixo de uma árvore, das poucas que se encontram em todo o percurso.

Depois do almoço continuamos em direcção à Portela do Pau, para conhecermos alguns dos monumentos funerários megalíticos aí existentes. Ficamos a pensar nos povos que escolheram este local tão isolado, tão perto do céu e dos seus deuses para depositarem os seus mortos.

Existem 62 monumentos funerários do lado português e 25 do lado espanhol. Vimos três cartazes espanhóis com informação sobre a necrópole e nenhum português. Quando é que prestamos homenagem aos nossos antepassados documentando os seus costumes...

Depois, ainda debaixo de chuva cada vez mais fria e batida a vento, descemos em direcção a Rodeiro e à nossa última aventura: visitadas as Alminhas de Rodeiro e o seu forno comunitário , dirigimo-nos ao segundo carro que de manhã tínhamos vindo lá deixar para com ele conseguirmos fechar o percurso que termina num local distinto do início. Mas o carro não estava na povoação e lá viemos em direcção a Castro Laboreiro atrás dele. Encontramo-lo uns 2 Km mais à frente, local onde por engano o tínhamos deixado de manhã . Depois de recolhermos o outro carro lá fomos recuperar forças com uma sopa com todos à moda de Castro Laboreiro.

Em resumo, 24Km percorridos em 7h num local especial, com encostas magníficas recobertas de urzes e tojos floridos mas com a paisagem fechada pelo cinzento da chuva que não nos conseguiu estragar o dia mas que lhe deu uma cor diferente daquela que procurávamos.

Mapa do Percurso


Ver Trilho do Planalto de Castro Laboreiro num mapa maior

Ficheiro  GPX do percurso

Perfil do Percurso

Análise do Percurso



Marcações

O percurso não está marcado, sendo fundamental o uso de trilho em GPS ou carta militar com o trilho marcado e grande experiência no seu uso.


Pontos de interesse

Paisagem natural alargada, urzais e tojais floridos e importante necrópole megalitica.

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