segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Camiños - Exposição colectiva sobre o Caminho Português de Santigo - Pontevedra

 No bonito espaço do Pazo da Cultura de Pontevedra, está patente a exposição colectiva "Camiños", interpretação de 15 artistas sobre o Caminho Português de Santiago, como o vêem, como o sentem, como nos mostram o que significa. 15 cabeças, 50 quadros com representações mais directas ou mais subliminares da procura de um objectivo que só se concretiza com obstinação, sacrifício e regra e quando se alcança se descobre que o que havia a descobrir somos NÓS e a nossa Fé, com todas as nossas limitações mas também com toda a nossa capacidade de perseguir um ideal e alcançá-lo.


O único artista português convidado para este certame  foi o Mestre Mário Rocha, presente com duas telas que abaixo reproduzimos, bem como a crítica que o crítico espanhol Ramon Rozas sobre estas escreveu.




Outras obras de outros pintores espanhóis de que também gostamos




Lá fora, peregrinos de sempre descansam nas águas mansas, retemperando forças para novos caminhos.
As  pontes quer do passado quer as mais recentes, ajudam-nos a saltar os obstáculos para também nós seguirmos o nosso Caminho!





domingo, 12 de dezembro de 2010

Exposição de Presépios - Colecção da Drª Maria Cavaco Silva

 Na Galeria dos Benfeitores da Stª Casa da Misericórdia do Porto (Rua das Flores), está exposta uma parte da colecção de presépios da Drª Maria Cavaco Silva. 
Provenientes de diversas regiões do País e do estrangeiro, elaborados com os mais diversos materiais, todos celebram a Família e a sua continuidade, ilustrados com os seus mais nobres representantes: José, Maria e o Menino. Adequadas e tocantes as palavras da autora sobre o tema em exposição.
De apreciar ainda a estrutura bem conservada da sala onde decorre a exposição, típica da arquitectura inglesa do ferro, que foi muito usada  no Porto nos Séc. XIX e início de XX por influência dos ingleses que cá se fixaram no apogeu do comércio do vinho do Porto. Se possível, visitar também a Igreja da Misericórdia contígua.

 A mostra é gratuita mas pode-se contribuir para o Natal das crianças do Colégio do Barão de Nova Sintra.





sábado, 11 de dezembro de 2010

Sé Catedral do Porto

 A Sé Catedral do Porto foi mandada erigir em 1.100 por D. Hugo de Pitões, Bispo do Porto. Foi este Bispo, que a pedido de D. Afonso Henriques, convenceu uma frota de cruzados que pararam na cidade em viagem com destino à Palestina, a pararem de novo junto a Lisboa e ajudarem D. Afonso Henriques a conquistar a cidade. 
O edifício da Sé é de construção românica mas sofreu ao longo dos séculos diversas intervenções,  a última na fachada lateral, em estilo barroco pelo arquitecto italiano Nicolau Nasoni. Nesta fachada encontramos dois pormenores interessantes: as medidas padrão, para ali poderem ser aferidas as medidas usadas na cidade e nas feiras e uma caravela esculpida para indicar que a cidade à volta, era uma cidade de marinheiros.


No interior, domina-nos a imponência e sobriedade da nave central e da rosácea da traça inicial que promovem uma grande religiosidade ao local e uma acústica notável. Depois aparecem os pormenores: a imagem da Nossa Senhora de Vandoma, padroeira da cidade, um altar em prata de grande valor que foi escondido por uma parede de gesso durante as invasões francesas e que graças a isso ainda o podemos hoje apreciar, a talha dourada da capela-mor, as imagens de José, Maria e do Menino com uma palmeira atrás, influência das nossa viagens marítimas, frescos da autoria de Nicolau Nasoni, as monumentais pias de água benta  e dois órgãos os séc. XVII e XVIII.
 

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Polis Gondomar - Gramido

 
No âmbito do Programa Polis de Gondomar, está em fase final de execução o Centro de Interpretação Ambiental da Quinta do Passal. Com múltiplos exemplos de utilização das energias renováveis e uma horta biológica, será com certeza um local interessante de visita e estudo para as escolas da zona e para o público em geral. Não conseguimos ainda saber a data de abertura ao público.

Ao lado e junto ao Rio Douro fica a área já tratada do Polis na envolvente da Casa Branca da Convenção da Gramido e do Clube Náutico.

Uma simpática esplanada permite saborear a paisagem do Rio Douro e os vestígios do antigo ganha pão da zona: a pesca.



quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Vímara Peres

No cimo da Pena Ventosa e junto à Sé do Porto, uma estátua equestre impõe-se no horizonte e desperta-nos a curiosidade. Trata-se de Vímara Peres, nobre que em 868 reconquistou aos mouros o território da actual cidade do Porto, na altura chamado de Portocale. Foi por esse feito, nomeado Conde de Portucale. Depois alargou a sua zona de influência a Norte e a Sul , fixando residência num local a quem deixou o seu nome (Guimarães) e onde mais tarde nasceu Portugal. A estátua, da autoria de Barata Feyo, foi colocada neste local em 1968, na comemoração dos 1.100 anos da conquista da cidade.

sábado, 27 de novembro de 2010

Isla Canela


Este sol de fim de Outono trouxe à memória os dias passados na Isla Canela. Fantástico em pleno Agosto descobrir uma praia praticamente deserta de manhã. 3 Km de passeio matinal em cada sentido, só com o encontro de algum ocasional pescador ou outros escassos adoradores do sol. As gaivotas, essas sempre lá estavam perfiladas na direcção do Sol, inebriadas pelo cheiro a maresia e ganhando forças para a caça (ou será pesca) do peixe que lhes iria servir de almoço e jantar.

Pelo caminho, ficaram-nos nos olhos os baixos relevos que o mar esculpe na areia e  a lembrança da canção que em pequenos nos cantavam, " O mar enrola na areia,..."



A água do mar entre os 25 e os 26 graus e um constante bom tempo, completaram esta estadia com os  ingredientes necessários para deixarem uma imagem bem marcada na nossa memória.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Ruínas romanas de Milreu

 As ruínas romanas de Milreu, em Estói perto de Faro, merecem uma visita. Vestígios de uma grande "vila" agrícola romana, com alguns mosaicos de dimensão apreciável e em razoável estado de  conservação. Visíveis ainda as termas que serviam a casa e um santuário que no Século IV foi transformado em Igreja Cristã.
 A entrada para as ruínas é feita por edifício que documenta a presença dos romanos na zona.


 Muito perto fica o Palácio de Estói, hoje transformado em Pousada e que muito bem pode servir para base de apoio para exploração da zona.


sábado, 30 de outubro de 2010

Trilho de Pitões das Júnias


O Trilho de Pitões das Júnias é um pequeno trilho de 4,5 km que se inicia junto do cemitério e que pretende mostrar 3 dos principais motivos de interesse da zona: o Mosteiro de Santa Maria das Júnias, a Cascata e a Aldeia propriamente dita. Fomos conhecê-lo.
A descida para o Mosteiro faz-se por caminho organizado que na parte final mostra um lajeado muito antigo e algo irregular.


Lá em baixo, junto ao pequeno rio, em local de grande beleza e isolamento, encontramos o Mosteiro que foi fundado no século IX e desenvolvido no século XII pelo então Bispo do Porto, D. Pedro Pitões ( o apelido foi adoptado por ter nascido na zona). Para o local que é, surpreendeu-nos a dimensão, a imponência da fachada, a bonita rosácea na entrada , as arcadas do claustro e dimensão da cozinha. Os frades buscavam a santidade mas no seu percurso deviam ter os mesmos apelos da carne que os outros mortais...e naquele local a comida tinha de certeza um sabor celestial.
Pena foi o incêndio que o destruiu no século XIX e do qual nunca mais recuperou. O local merecia mais do que uma memória.


Depois, continuamos o percurso em direcção à Cascata com uma ligeira subida, seguida de uma descida de grande pendente em terreno muito  irregular.


A descida para a Cascata na sua parte final é feita em escadaria de madeira terminando num varandim de onde se pode admirar o milagre da água mole em pedra dura. Dezenas de metros de queda de água que nos últimos milénios se dedicou a furar a imensa massa de granito que lhe serve de leito. Disseram-nos que se deve ver esta cascata nos momentos em que o Sol incide no rasgo aberto na pedra, provocando as gotas de água arco-íris fantásticos.


Voltamos a Pitões seguindo a indicação para o  Eco Museu e que conduz directamente à aldeia. Recebidos pela prosa encantada de Miguel Torga sobre a zona e pelo azevinho de frutos vermelhos, apreciamos o tradicional e o que de moderno se tem instalado lá e que tão bem se integrou.


Depois deambulamos pela aldeia, visitando o forno comunitário e o pólo local do Eco Museu do Barroso.


No Pólo de Pitões do Eco Museu do Barroso, perpetuam-se as memórias das tradições  locais no uso da terra, do amanho, preparação e tecelagem do linho e da lã. Muito importante esta memória tanto mais que algumas das tradições ali representadas já não fazem parte do dia a dia dos habitantes.


Tínhamos estado há uns anos na aldeia e da memória global dessa visita fazia parte uma pão de centeio comprado numa padaria local e depois chorado por mais. Era tarde mas fomos à procura dele e...lá encontramos a padaria e de porta aberta às 19H30! Pão centeio quentinho àquela hora. Compramos vários e voltamos a chorar por mais. Se lá passarem provem!


Já era tarde mas o mais bonito ainda estava para vir.  O encantamento no fim de dia em Pitões das Júnias, com as emoções que um pôr-de-sol sempre nos despertam.





Montalegre - Centro Histórico


Ecomuseu do Barroso - Sede em Montalegre



Mapa do Percurso


Ver Trilho de Pitões das Júnias num mapa maior



Perfil do Percurso



Marcações



O percurso está marcado segundo a norma da FPCC.

Actividade:  Percurso pedestre circular em Pitões das Júnias.
Local de Início: O início do percurso faz-se junto ao cemitério de Pitões das Júnias.
GPS:   N41.83823 W7.94676 Altitude:1024 m
Local de Chegada: idem. ( percurso circular )
Distância Total: 6,1 Km
Tempo de realização: 02 H 47 m
Condições Específicas: Percurso fácil.
Acumulado de subidas: 268 m
Acumulado de descidas: 264 m

Pontos de Interesse

Aldeia de Pitões das Júnias, Forno Comunitário, Mosteiro, Cascata,  Eco Museu.


sábado, 23 de outubro de 2010

Tourém - PR 6 Rota do Contrabando


Tourém recebeu foral de D.Sancho com a incumbência de promover a defesa daquela zona raiana. Na realidade o território em volta viveu até meio do século XIX sem estar bem definido se o mesmo pertencia a Portugal, se a Espanha e penso que, atendendo à distância que estão das respectivas capitais, esse era um assunto que pouco interessava às populações. Chamavam-lhe Couto Misto.  O Tratado de Lisboa em 1864 finalmente definiu objectivamente as fronteiras naquela zona.
Vendo o mapa verificamos que o território de Tourém faz lembrar uma farpa cravada em Espanha. Quanto às populações, sempre viveram em conjunto da terra que partilham. Quando as fronteiras se instituíram  e a troca de bens que sempre fizeram passou a ser ilegal, passaram a viver do Contrabando e prosperaram!...
O Trilho do Contrabando é um percurso circular  que pretende reproduzir os caminhos usados para transportar o azeite e o bacalhau de um lado e na volta transportar o café e o tabaco...
O percurso inicia-se num dos extremos da aldeia e ao percorrer o seu interior,encontramos alguns edifícios senhoriais dos séculos XVII e XVIII, que atestam a sua importância estratégica nessa época.
Continuando encontramos uma ponte sobre a albufeira do rio Salas. Uma barragem espanhola daquele rio, cria uma albufeira que isola o território a norte de Tourém, formando um exclave português em território espanhol. A albufeira nesta altura estava praticamente sem água. Ficamos a pensar que o espelho de água, quando cheio, deverá produzir imagens muito bonitas.
O trilho vira à direita após a ponte e um pouco mais à frente encontra um carvalhal centenário que dá gosto ver a quem se começa a habituar que em Portugal só existe pinheiro e eucalipto.


Subindo, já em cima da fronteira, fica a capela medieval de S. Lourenço de traço muito bonito e com paisagens alargadas e bonitas.


Descendo, reencontramos a albufeira, agora no seu início. Encontramos também a fronteira P/E e o marco 100 da mesma. Alguma emoção ao estar no borderline dos dois países e ver a mesma paisagem dos dois lados. Lá em baixo no rio, o caminho das pedras, instrumento precioso para o contrabando e imagem para a nossa vida. Quanto não temos que procurar e adivinhar o caminho das pedras, para chegarmos onde necessitamos, ultrapassando os obstáculos que a vida nos coloca!!!


Passada a fronteira, o destino foi Randin, a aldeia homóloga de Tourém no contrabando. Traços comuns no forno comunitário e na Igreja Matriz, mas com muito mais marcas de desenvolvimento expressas nas casas e nas atitudes: pasmamos ao ver um pastor no trabalho, vestido com o equivalente à roupa de Domingo de um qualquer habitante de Tourém e a fumar um "puro". O Couto já não é Misto e os (des)nível de vida faz-se notar.


Deixamos Randin e voltamos às planícies e lameiros que ligam a Tourém e aos encantos da Natureza. Desta vez foi a beleza dos cogumelos que nos admirou. Não sei se são comestíveis, mas são tão bonitos que valem por isso.


Depois o marco 103 da fronteira com Espanha e a continuação dos campos tratados e dos lameiros.


Chegados a Tourém fomos visitar a bonita Casa dos Braganças, explorada para Turismo Rural e excelente base para a exploração da zona. Casa bem tratada, muita simpatia pessoal a receber e a mostrar.


Continuando pela aldeia, visitamos ainda o pólo local do Eco Museu do Barroso. Tradições, utensílios e roupas tradicionais para memória futura e uma muito boa mostra fotográfica, como exposição temporária.



Mapa do Percurso

Ver Tourem PR 5 Rota do Contrabando num mapa maior




Perfil do Percurso
 





Marcações

O percurso está marcado, contudo alguns marcos estão arrancados.

Actividade:  Percurso pedestre circular entre Tourém e Randin.
Local de Início: O início do percurso faz-se junto a um  largo num dos extremos de Tourém,
GPS:   N41.90360 W7.89616 Altitude:870 m
Local de Chegada: idem. ( percurso circular )
Distância Total: 14,3 Km
Tempo de realização: 05 H 23 m
Condições Específicas: Percurso fácil.
Acumulado de subidas: 350m
Acumulado de descidas: 280m

Pontos de Interesse

Aldeia de Tourém, Forno Comunitário, Carvalhal centenário, Capela de S. Lourenço, Randim, Casa dos Braganças, Eco Museu.





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